Justiça acolhe denúncia do MP e torna dois suspeitos como réus pelo assassinato de empresário de Palmas

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Crime aconteceu em 2022 em um posto de combustíveis do empresário. Defesa tem até 10 dias para se apresentar à justiça. Empresário era sócio de uma das principais redes de postos do Tocantins
Divulgação
A justiça criminal de Palmas aceitou a denúncia do Ministério Público Estadual contra os dois suspeitos de matar o empresário Nilton Alcântara Neves, de 60 anos. A decisão foi publicada nesta quinta-feira (29). Adalto Ramalho, de 49 anos, e Eder Pereira, de 41, agora são réus pelo crime, que aconteceu em 2022. O prazo para a defesa se apresentar é de 10 dias.
O g1 não conseguiu contato com a defesa.
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Os suspeitos são acusados de homicídio qualificado mediante pagamento, causando perigo comum e com impossibilidade de defesa da vítima. Os dois estão presos desde o dia 14 de janeiro deste ano.
O juiz Cledson José Dias Nunes afirma na decisão que a denúncia expõe todas as circunstâncias do crime, traz a qualificação dos acusados, a lista de testemunhas e está amparada no inquérito policial com prova de que houve o crime e indícios da autoria.
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A denúncia do MPE mostra que os suspeitos receberiam R$ 200 mil pelo assassinato. “Conforme provas constantes do inquérito (conversas obtidas através da quebra de sigilo de dados), o crime fora encomendado por um terceiro, não identificado nos autos, o qual teria prometido pagar ao denunciado Eder Pereira a importância de R$ 200.000,00”, diz trecho da denúncia. No entanto, Eder teria recebido R$ 7 mil.
Relembre o caso
Empresário foi assassinado em posto de combustíveis de Palmas
Ana Paula Rehbein/TV Anhanguera
O crime aconteceu na noite de 25 de janeiro de 2022. Ele foi atingido por disparos por volta das 19h30 ao chegar em um posto de combustível do qual é dono na quadra ASR-SE 75 (Antiga 712 Sul), na zona industrial da cidade, em uma das marginais da TO-050.
Segundo testemunhas informaram na época do crime, a mulher e os filhos do empresário estavam em outro carro e chegaram ao posto ao mesmo tempo em que Nilton. Ele desceu do carro que estava para falar com a mulher e nesse momento foi abordado pelo agressor.
A qualificação de perigo comum se dá pelo local do crime. Os tiros foram disparados em um posto de combustível onde transitavam muitas pessoas, incluindo dois filhos do empresário. Os tiros foram disparados por trás da vítima, o que impossibilitou a defesa.
Imagens que ajudaram a Polícia Civil do Tocantins a identificar um dos suspeitos pela morte de Nilton Alcântara
Divulgação/Polícia Civil
Câmeras de segurança da lanchonete do posto flagraram o momento em que um suspeito circula pelo posto de combustíveis. Outras imagens feitas por câmeras de estabelecimentos vizinhos mostraram a fuga após o crime. Este segundo vídeo está em preto e branco e dá para ver o suspeito descartando o que parece ser a própria camisa e caminhando apressado por uma área deserta.
Adalto Ramalho e Eder Pereira foram presos em fevereiro deste ano no Mato Grosso e transferidos para Palmas. A investigação da polícia conseguiu reconstruir o trajeto deles na capital antes e depois do assassinato do empresário.
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Fonte: G1 Tocantins